Há muito tempo atrás,
ninguém acreditaria que, um dia, as máquinas poderiam controlar os seres
humanos. Mas atualmente, após tantos filmes mostrando as possibilidades
do domínio absoluto da tecnologia, começamos a ter receio de uma
revolução dos robôs. Pesquisadores discutem sobre os caminhos que as máquinas percorrerão e dizem que nossa relação com elas provavelmente será amigável. Mas esse “provavelmente” aí incomoda…
Tecnologia assustadora
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Existe
realmente uma série de condições que podem criar uma situação na qual
esses seres mecânicos poderiam nos exterminar. Primeiramente,
consideremos a visão otimista que as máquinas sempre atuarão como nossas
serviçais. Para que isso aconteça, a solução, evidentemente, seria não
inventar sistemas que possam ser tão perigosos a ponto de poder ficar
fora do controle humano.
Algo parecido com a Skynet (aquele sistema de defesa computadorizado de “O Exterminador do Futuro”,
que resolve destruir a humanidade), já é possível. Mas aí vem a
pergunta: por que ainda não foi criado? A resposta é: porque nações com
armas nucleares, como os Estados Unidos, não querem transferir para
computadores a responsabilidade de disparar mísseis nucleares. Mas, numa
escala mais reduzida, um alto grau de autonomia foi dado a algumas
máquinas. O número de sistemas robóticos que podem, de fato, “puxar o
gatilho” está aumentando a cada dia. Mesmo assim, os humanos ainda
controlam os sistemas e têm a palavra final sobre se um ataque de
mísseis deve continuar ou não.
O sistema inteligente e autônomo
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No filme, os militares criam a
Skynet
para reduzir o erro humano e a demora da resposta em caso de ataque
contra os Estados Unidos. Quando os controladores humanos percebem o
perigo representado pelo sistema, tentam desligá-lo. A rede entende isto
como uma ameaça à sua existência e, a fim de destruir seu inimigo,
desencadeia um ataque contra a Rússia, provocando uma retaliação.
Bilhões de pessoas morrem em um terrível holocausto nuclear.
Skynet,
em seguida, constrói usinas que fabricam exércitos de robôs para
eliminar o resto da humanidade. Na vida real, alguns guardas impediriam
um sistema autônomo de ameaçar mais pessoas do que ele é programado para
fazer. Sistemas também
poderiam ser programados para tomar decisões estratégicas, da maneira que
Skynet fez, mas limitadas. “
Todos os sistemas que construiremos no futuro terão habilidades específicas”, dizem os especialistas. “
Eles serão capazes de monitorar a região e talvez atirar, mas não irão substituir os humanos”. Tomara.
O que os especialistas dizem…
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Michael Dyer, engenheiro de computação da Universidade da Califórnia, não é tão otimista. Ele diz que “
os seres humanos acabarão sendo substituídos por máquinas”
e que isso pode não acontecer de modo pacífico. O progresso incessante
da pesquisa de inteligência artificial conduzirá, fatalmente, a máquinas
tão inteligentes quanto nós, no próximo século, Dyer prevê que
civilizações avançadas chegarão a um ponto de inteligência suficiente
para compreender como seu cérebro é feito, e então construirão versões
sintéticas de si mesmas. Isso poderia se originar de tentativas de
estabelecer nossa imortalidade.
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Dyer imagina que outra corrida armamentista do sistema robótico poderia resultar numa das partes ficando fora de controle. “
No caso de uma guerra, por definição, o lado inimigo não teria controle sobre os robôs que estariam tentando matá-lo”, ele declarou. Como
Skynet,
os fabricados podem se revoltar contra os fabricantes. Uma condição de
dependência dos robôs também pode fugir do controle. Imaginemos que uma
usina que fabrica robôs, e não segue comandos humanos, recebe uma ordem
para desligar a fábrica. Mas os robôs se recusam. Então, um comando é
emitido pelos seres humanos para paralisar os caminhões de entrega de
materiais necessários para a fábrica, mas os motoristas são robôs, e
também se recusam. E assim sucessivamente.
Um pouco de inteligência impediria que a
humanidade caísse nas armadilhas imaginadas pelos roteiristas de
Hollywood. Mas a ambição de lucro das empresas certamente gerará mais
automação, e a inteligência quase sempre perde. “Cenários apocalípticos são fáceis de criar e eu não descartaria essa possibilidade”, diz o pesquisador Shlomo Zilberstein. “Mas eu não estou preocupado”, ele completa. E você, caro leitor, está?
Fonte: http://www.vocesabia.net
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